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Pesquisas correm contra o tempo para criar robô mais próximo do humano

Pesquisas correm contra o tempo para criar robô mais próximo do humano

Robô Phoenix, da Sancturay AI
Pesquisas correm contra o tempo para criar robô mais próximo do humano
Tragédia gaúcha

Habilidades com as mãos e até a fala estão sendo desenvolvidas para que máquinas realizem tarefas de forma autônoma

Uma pesquisa realizada pela empresa alemã Statista mostrou que até 2027 aplicações de robótica tanto na indústria quanto no setor de serviços vão movimentar globalmente US$ 43,32 bilhões. E não é à toa que esse processo está envolvendo tanto dinheiro: há uma corrida por soluções que substituam tarefas humanas consideradas repetitivas, pesadas e que também possam ser realizadas com maior precisão por parte dos robôs. Entra em jogo, por outro lado, a capacidade dos laboratórios de produzirem máquinas cada vez mais perfeitas e até parecidas visualmente com os humanos. A questão é saber até que ponto os equipamentos vão servir à humanidade ou serem talvez prejudiciais ao emprego.

Um dos exemplos mais surpreendentes de robôs com características humanoides já lançados é o Phoenix, criado pela startup canadense Sanctuary AI. O modelo foi anunciado como o que tem as mãos mais hábeis já inventado e de fato consegue realizar tarefas humanas de forma autônoma e bastante variadas. A máquina é capaz de, por exemplo, escolher uma peça de roupa, dobrá-la, depois etiquetá-la e ainda colocá-la numa embalagem. 

 “Nossa tecnologia já pode realizar centenas de tarefas em dezenas de setores, como saúde, hotelaria, logística, varejo e armazenamento”, declarou Geordie Rose, cofundador e CEO da Sanctuary AI. “O objetivo é que nossos robôs de uso geral sejam capazes de realizar qualquer trabalho que as pessoas possam fazer”, acrescentou ele.

O objetivo é tornar a máquina tão hábil quanto os humanos, mas por enquanto elas estão também repetindo as imperfeições típicas do homem. Numa demonstração feita pela própria empresa, o Phoenix tenta colocar vários copos sobre duas bandejas, porém acaba deixando cair um deles. Acontece com todo mundo, mas talvez tenha sido um dos motivos para ainda não ter sido contratado por grandes indústrias.

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Optimus, da Tesla

Nessa disputa pela liderança da tecnologia de robótica, está também a Tesla, que lançou há alguns anos o Optimus. O robô foi apresentado até carregando embalagens, mostrando uma surpreende força nas mãos. O objetivo da empresa é comercializar a máquina a partir de 2025. E para isso tem investido pesado no seu aprimoramento. Houve inclusive o lançamento de uma segunda versão do robô, que é mais ágil, leve e tem os membros mais bem desenhados. Ele pode até segurar ovos, regar plantas e dançar.

Mas, mesmo com a agressividade da Tesla, liderada pelo polêmico empresário Elon Musk, o Phoenix pode ficar rapidamente para trás nessa corrida pela liderança da robótica perfeita. Terá a concorrência acirrada do Figure 01, desenvolvido pela Figure AI. A mais nova e mais avançada habilidade do robô, que tem embutido a tecnologia de inteligência artificial da Open IA, é a de conversar. Isso mesmo! Ele é capaz de responder em tempo real a uma pessoa.

O modelo da Figure, que já é empregado na montadora alemã BMW, também é capaz de entender ordens, identificar objetos e executar comandos.

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Figure AI em ação

Numa demonstração feita pela empresa, um homem pede que ele pegue uma maçã e lhe entregue nas mãos. Depois pede para que pegue o lixo e o coloque numa cesta. Em seguida, ele obedece a uma ordem para tirar a louça que está em cima de uma mesa e colocá-la no escorredor. 

Brett Adcock, empreendedor responsável pelo projeto e CEO da Figure, declarou que o robô não estava sendo teleoperado  e que tudo ocorreu conforme a demonstração em vídeo, sem edição ou aceleração. “Nosso objetivo é treinar um modelo mundial para operar robôs humanoides em escala bilionária”, disse Adcock.

Diante de avanços tão rápidos e do impacto que essa máquinas podem trazer, incrível mesmo é que as empresas estejam desenvolvendo as invenções sem um mínimo debate na sociedade sobre a regulação dessa tecnologia. Essa discrepância pode sair cara no futuro.

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