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Aulas de reforço vão combater alto índice de reprovação em Cálculo

Coletivo Força Motriz, em parceria com o Clube de Engenharia e o Senge-RJ, dá início ao ensino extra da disciplina na UFRJ

O alto índice de reprovações em disciplinas básicas na graduação em Engenharia é um problema que não só tem atrasado a formatura dos alunos como levado à evasão do curso. O desafio é ainda maior em Cálculo, cujas turmas chegam a apresentar 70% de notas inferiores ao mínimo exigido para aprovação. Para tentar reverter esse quadro, o coletivo Força Motriz criou o curso André Rebouças, que conta com o apoio do Clube de Engenharia. A aula inaugural foi realizada na última terça-feira (11/04), no campus do Fundão, da UFRJ.

O principal foco do projeto são os alunos cotistas, que podem ter a necessidade de reforço também em virtude de déficit na sua formação do Ensino Médio. Tanto que nas férias esse público teve à disposição curso de Pré-Cálculo, com o objetivo de tirar dúvidas mais básicas de matemática. Quem participou das aulas está enfrentando esse semestre com base mais estruturada, mas precisa ainda dessas explicações extras.

Na aula inaugural, a diretora da Escola Politécnica da UFRJ e conselheira do Clube de Engenharia, Cláudia Morgado, reforçou a necessidade de se reduzir os índices de reprovação. “Não pode ser normal reprovar 70% da turma. E pior, sistematicamente. Não é um fenômeno que acontece pontualmente em um semestre. E esse alto índice de reprovação chegou a níveis insuportáveis”, ressaltou a diretora.

O presidente do Clube de Engenharia, Márcio Girão, destacou a importância do Cálculo e da Matemática para a vida profissional dos engenheiros. Ele frisou que, por essa razão, esse desafio inicial precisa ser superado para que os egressos se tornem profissionais completos. A partir do domínio desses conhecimentos, os formados estão mais preparados para a realidade que vão enfrentar em suas carreiras, que exigem cada vez mais inovação, criatividade e empreendedorismo.

A aula contou com a presença de cerca de cem alunos, a grande maioria já matriculada no curso. A cerimônia teve a presença o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), Olímpio dos Santos, que está entre as entidades que apoiam o projeto. Também participaram do evento as deputadas estaduais Renata Souza e Elika Takimoto, que cobraram mudanças no modelo das graduações e combate ao racismo nas instituições de ensino.
Um retrato do desfavorecimento dos negros nas universidades foi feito a partir de uma pesquisa recente da Pró-Reitoria de Graduação da UFRJ. Ela revelou que nos cursos de Engenharia da universidade a taxa de sucesso na formação dos alunos negros é de aproximadamente 42%, enquanto a dos alunos brancos é quase 90%.

Um dos principais desafios do curso é recrutar professores voluntários para as aulas de Cálculo. O coletivo tem planos de criar turmas de reforço em outras disciplinas, como Física, mas ainda precisa da adesão de profissionais. Interessados em se matricular como alunos ou participar como docentes podem se inscrever no link.

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